
Capítulo 1 - Capítulo 2
Num instante, Jane puxou a arma e mirou. – Polícia de Boston! Identifique-se!” ela gritou.
Uma figura, vestida de preto saltou dos arbustos e fugiu.
- Pare! – Jane gritou, mas a figura fugiu. Jane correu atrás dele, seus sapatos clicando no gelo incrustado na lama. Sua presa parecia uma aranha no escuro, entrando e saindo de foco, como se não fosse algo sólido. Como se não fosse totalmente humano.
Atrás dela, ela ouviu Frost gritar: - Rizzoli?
Ela não parou para responder para ele e continuo em sua busca. A figura à sua frente movia-se muito rápido – rápido demais. Suas pernas trabalharam mais, seus músculos queimando. O ar estava tão frio que parecia cortar sua garganta. Ela viu a figura pular uma cerca e o perdeu de vista.
Ela capotou por sobre a cerca também, sentindo as farpas da Madeira entrarem em sua mão. Ela caiu com um baque do outro lado, e sentiu as canelas doerem. Ela estava em um jardim fechado. Cadê ele, cadê ele? Ela procurou freneticamente pelas sombras, procurando algo movimento que o delatasse.
O que foi que abriu a porta ali?
Segurando sua arma com as duas mãos, ela se aproximou da porta aberta. Estava escuro lá dentro, tão escuro, que parecia uma parede. Vagarosamente, ela se aproximou, parando no batente da porta, tentando ver o que estava lá dentro. Ela não conseguiu ver nada. Um barulho na escuridão fez os pelos de seu pescoço se levantarem. O barulho de respiração, rápida e desesperada. O barulho não vinha de dentro da escuridão, mas de trás dela.
Ela se virou e encontrou sua presa, agachada e se escondendo nas sombras. Estava completamente vestida de preto. Quando ela iluminou com a lanterna os olhos da presa, esta levantou os braços, tampando a claridade.
- Quem é você? – ela questionou.
- Não sou ninguém.
- Mostre-se! levante-se!
Vagarosamente, a figura levantou-se e então abaixou os braços. O rosto que a encarou estava pálido demais; o cabelo brilhava muito negro. A mesma cor dos cabelos que eles encontram no travesseiro do caixão.