sábado, 1 de janeiro de 2011

Freaks - Uma história para o site da TNT




O site da TNT pediu para Tess Gerritsen, a autora dos livros, que escrevesse uma história curta para o site. É uma história exclusiva, que não será lançada em livro, só para os espectadores da série.

Então, como tradutora, me senti na obrigação de colocar em prática o que estou aprendendo na faculdade e vou traduzir essa história para vocês.

Capítulo 1

A Rainha dos Mortos havia chegado.

Assim que a médica legista Maura Isles desceu de seu Lexus preto sua aparição naquela tarde fria combinou com o apelido que os policiais de Boston haviam lhe dado. Carro preto, casaco preto, cachecol preto. Apropriado para aquele dia de inverno com suas sombras profundas com o aroma da neve iminente.

A Detetive Jane Rizzoli acenou com a mão enluvada. “Ei, Doutora!” ela disse. “Espero que tenha trazido sua lanterna.”

Maura atravessou a rua e chegou nos degraus da frente da igreja e olhou para as portas em forma de arcos e as janelas de madeira. “St. Anthony? Esta igreja está fechada há anos.”

“A vítima arrumou um jeito de entrar.” Jane tremeu quando o vento jogou seu cabelo para frente e levantou a gola de seu casaco. “Infelizmente, o assassino também conseguiu.”

“Assassino?” Maura olhou em dúvida para Jane. “Então você já decidiu que isto é um homicídio?”

“Quando você ver o corpo dela, você vai saber o porquê.”

Jane esperou Maura vestir os protetores de sapatos e as luvas e então empurrou a pesada porta de carvalho e elas entraram. Apesar de protegidas pelo vento, o interior frio e úmido parecia ainda mais frio, como se o vento irradiasse das paredes de pedra. A igreja não tinha energia elétrica e a única iluminação vinha da lâmpada à bateria da perícia que brilhava no canto do salão. No espaço cavernoso acima, as sombras pareciam tão espessas quanto a noite.

“Como encontraram o corpo?” Maura perguntou.

“Uma transeunte ouviu os gritos vindos da igreja e ligou para a polícia. O primeiro policial na cena disse que a porta de trás estava destrancada. Ele entrou e achou o corpo.”

Jane ligou a lanterna e guiou Maura pelas fileiras desertas dos bancos da igreja até o altar, onde o Detetive Barry Frost e três criminalistas as aguardavam. Eles formaram um círculo solene ao redor da vítima, como se a protegessem de qualquer tipo de predador que estivesse observando na escuridão. Os homens abriram espaço para mostrar a jovem caída no chão com a cabeça para trás e a boca aberta.

“Segundo o RG, o nome dela é Kimberly Rayner, 17 anos.” Frost disse.

Ninguém falou nada quando Maura se aproximou e observou o rosto inchado. O cabelo loiro da menina estava pegajoso com graxa e havia sujeira esfregada em seu rosto.

“Ela está completamente vestida, então não parece estupro. Mas você viu as marcas de estrangulamento?” Jane disse, apontando a luz da lanterna para o pescoço, que estava arqueado com a garganta exposta, revelando diversas marcas do aperto sem pena do assassino. A morte havia inchado o rosto da menina, mas o corpo estava praticamente esquelético, as grotescas clavículas proeminentes, os pulsos tão finos quanto galhos. A desnutrição havia forçado o corpo da menina a se auto-consumir, consumindo toda a gordura e músculos enquanto lutava para manter os nutrientes fluindo para o cérebro e o coração.

“Quer ver o que realmente nos assustou? Jane perguntou.

“Um cadáver não foi suficiente?”

“Olha aquilo” Jane focou a luz da lanterna em algo que brilhou nas sombras. Algo que fez até a inexaltável Maura Isles arquejar, respirando com dificuldade.

Era um caixão. E a tampa estava aberta.

Um comentário:

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